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NOVO SALÁRIO MÍNIMO AMPLIA PODER DE COMPRA: POSSIBILIDADE DE ADQUIRIR 1,83 CESTA BÁSICA, INDICA ESTUDO DO DIEESE

Written By Alexandre D Moraes on sábado, 3 de fevereiro de 2024 | 20:36

 

Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), conduzida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a projeção do novo salário mínimo para 2024, estabelecido em R$ 1.412, indicará a capacidade de adquirir 1,83 cesta básica. A análise, que considera o salário mínimo atual de R$ 1.320, aponta que, com esse valor, é possível comprar 1,74 cesta básica. A perspectiva de aumento para o próximo ano representa um incremento de 6,7%, equivalente a R$ 92.

 


A pesquisa revela uma retrospectiva desde 2013, quando o salário mínimo de R$ 678 permitia a compra de 2,1 cestas básicas. Esse poder de compra se manteve até 2014, declinando em 2015 para 2,02 cestas. Em 2016, o número continuou a cair, chegando a 1,93 cestas com um salário mínimo de R$ 880. A partir de 2017, a quantidade de cestas que poderiam ser adquiridas voltou a subir, alcançando 2,16 em 2017 e mantendo-se estável até 2019.

 

Com o advento da pandemia em 2020, associada a um salário mínimo de R$ 1.039, a quantidade de cestas caiu para 1,88. Esse declínio persistiu até 2022, com uma média de 1,59. Contudo, em 2023, observou-se um aumento, preparando o terreno para a estimativa positiva em 2024.

 

O primeiro levantamento da cesta básica em 2024 revela um aumento de preço na capital, com um custo médio de R$ 770,67. Esse valor representa um acréscimo de 2,55% em relação ao último levantamento realizado na segunda semana de dezembro de 2023, quando a cesta custava R$ 751,52. Nove dos 13 alimentos analisados registraram elevação de preço na segunda semana de janeiro, de acordo com o boletim divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).

 

José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, destaca que, apesar do terceiro aumento consecutivo no preço da cesta em Cuiabá, o valor atual está 4,98% menor que no mesmo período de 2023, mantendo-se pela sétima semana consecutiva na comparação anual.

 

O item que apresentou a maior variação de preço foi a batata, com um aumento de 31,19% na segunda semana de 2024 em relação ao último levantamento de 2023. Esse movimento pode estar relacionado a questões climáticas, afetando a oferta do produto nos supermercados.

 

A alta no preço do feijão, de 5,23%, pode estar associada à menor oferta no período e às quebras de safra do ano passado, devido à diminuição da produtividade. Outro item com forte elevação de preço médio é o café, com um aumento de 4,25%. O mercado internacional e as previsões climáticas podem influenciar essas variações, contribuindo para o crescimento nos preços médios.

 

José Wenceslau Júnior ressalta que os aumentos observados são reflexos climáticos e que não impactaram significativamente na elevação de preços no comparativo anual. Com exceção da batata, o feijão e o café apresentam preços menores atualmente do que no mesmo período de 2023, com reduções de 16,46% e 7,69%, respectivamente.

 

Perspectivas para 2024: Desafios e Tendências no Custo da Cesta Básica

Um levantamento do Observatório PUC-Campinas aponta para uma tendência de aumento no custo da cesta básica para 2024. O estudo revela que, apesar de uma queda de 5,66% no acumulado do ano em relação a 2022, fatores como questões climáticas, volume da safra e inflação projetada indicam uma possível alta no custo desses alimentos.

 

Pedro de Miranda Costa, economista responsável pelo estudo, explica que, em 2023, embora o grupo de alimentos e bebidas tenha registrado uma alta de 1,03%, alguns fatores contribuíram para o recuo da cesta básica, como uma safra recorde.

 

O ano de 2023 apresentou dois movimentos distintos, com uma tendência geral de baixa no valor da cesta básica até a metade do ano, refletindo a safra recorde de alimentos que impactou positivamente os preços. O economista destaca que, embora seja difícil esperar que as condições excepcionais se repitam em 2024, a safra normal já representa um cenário mais desafiador.

 

O clima é um fator crucial que pode afetar a produção de alimentos, com variações de temperatura, excesso de chuvas ou períodos de seca influenciando diferentes regiões do Brasil. Essas incertezas adicionam pressão ao grupo de alimentos, gerando dúvidas sobre o custo dos produtos para o consumidor final.

 

Além disso, há uma tendência de alta na inflação em geral, embora o professor destaque que não se trata de um aumento abrupto de preços. A perspectiva para os alimentos em 2024 indica que os preços podem ser mais altos do que em 2023, mas não atingirão os patamares de 2022.

 

O estudo do Observatório PUC-Campinas destaca que, entre os 13 itens analisados mensalmente, seis apresentaram alta na variação de preço ao longo de 2023, com arroz (19,51%) e batata (17,02%) registrando as maiores altas. Por outro lado, óleo (25,6%) e carne (15,87%) apresentaram queda, sendo que a carne representa 32,5% do custo total da cesta.

 

O preço da cesta básica em Campinas, que fechou dezembro em R$ 714,04, representa o maior valor para um mês desde junho de 2023. Em comparação com outras capitais brasileiras avaliadas pelo Dieese, o preço da cesta básica em Campinas fica abaixo apenas de Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro (RJ).

 

Desafios à Mesa dos Brasileiros em 2024

À medida que o novo salário mínimo é projetado para possibilitar a compra de 1,83 cesta básica, os desafios e tendências apresentados pelos estudos do Dieese e do Observatório PUC-Campinas apontam para um cenário complexo em 2024. A relação entre salário mínimo, inflação, condições climáticas e produção agrícola desenha um quadro onde o equilíbrio no poder de compra dos alimentos essenciais torna-se um ponto sensível.

 

A oscilação nos preços de itens fundamentais, como arroz, batata, feijão e café, destaca a vulnerabilidade do consumidor diante de fatores climáticos e mercadológicos. A pesquisa revela que, embora o preço médio da cesta básica em Cuiabá tenha aumentado na segunda semana de janeiro, o valor atual ainda se mantém abaixo do mesmo período de 2023.

 

No entanto, o cenário nacional, representado pelo levantamento do Observatório PUC-Campinas, alerta para uma provável alta nos custos alimentares em 2024. A safra recorde de 2023, que contribuiu para a redução de preços, é considerada uma exceção, e as condições normais de produção podem resultar em um aumento nos preços dos alimentos.

 

Em resumo, a relação entre salário mínimo, custo da cesta básica e desafios climáticos moldará a capacidade dos brasileiros de garantir uma alimentação adequada em 2024. O poder de compra do salário mínimo, impulsionado pelo aumento projetado, é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça complexo, onde diversos fatores se entrelaçam na mesa dos brasileiros. O consumidor continuará a enfrentar desafios, e a adaptabilidade será crucial para lidar com as incertezas que se apresentam à frente.




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