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"DESVENDANDO O PASSADO: PREGUIÇA-GIGANTE EXTINTA EMERGE DAS PROFUNDEZAS DA GRUTA JOÃO LEMOS EM MINAS GERAIS."

Written By Alexandre D Moraes on segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024 | 20:08

 

Pesquisadores da PUC-Minas encontram fóssil de mamífero herbívoro do Período Pleistoceno, desafiando mitos sobre a região de Pains.

 


Em uma reviravolta paleontológica, a Gruta João Lemos, localizada em Pains, no Centro-Oeste de Minas Gerais, revelou o fóssil de uma preguiça-gigante da família Scelidotheriinae, estimada em aproximadamente 2,5 metros de comprimento. A descoberta, realizada por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), traz à luz um exemplar significativo da megafauna que habitou a região durante o Período Pleistoceno, conhecido como a "Era do Gelo".

 

O último achado na cidade remontava a 1998, quando um mastodonte foi identificado. Agora, a preguiça-gigante emerge como uma nova peça do quebra-cabeça paleontológico da região. O mamífero, pertencente à Superordem dos Xenartros, compreende animais como tatús, tamanduás e preguiças, destacando-se pela peculiaridade de seu hábito terrícola com caminhar pedolateral, apoiando-se na parte lateral dos pés.

 


Bruno Kraemer e Luiz Eduardo Panisset Travassos, os pesquisadores responsáveis pela descoberta, compartilham que a preguiça-gigante tinha uma alimentação herbívora graminívora, complementada com tubérculos. Sua habilidade de escavar o solo com garras alongadas facilitava a busca por alimentos e a criação de tocas. Essas tocas não apenas serviam como abrigo em climas adversos, mas também como locais de procriação.

 

A pesquisa revela um panorama mais detalhado do ambiente em que essas criaturas majestosas viveram. As preguiças-gigantes da família Scelidotheriinae habitavam uma savana intertropical (cerrado) com manchas de matas de galerias. Esses locais ofereciam não apenas alimentos ricos em água e nutrientes, mas também condições propícias para a sobrevivência e reprodução.

 

Uma descoberta adicional, destacada pelos cientistas, é a conservação notável dos fósseis em cavernas de Pains. O ph básico do calcário presente nas cavernas, que se dissolve na água, favorece a preservação dos fósseis. Essa condição única na região contribui para a relevância do achado e desafia a ideia anterior de que a região não possui registros expressivos de megafauna além do mastodonte.

 

Os pesquisadores Travassos e Kraemer sublinham a importância local e regional da descoberta, destacando que este novo achado quebra mitos e amplia a compreensão sobre a diversidade da megafauna que habitou Minas Gerais durante eras passadas.

 

O fóssil, agora cuidadosamente extraído, será encaminhado para o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte, onde continuará a contar a história fascinante desses animais que um dia vagaram pelas terras que hoje chamamos de Minas Gerais.



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