O bioma Cerrado, rico em biodiversidade e variedade de frutos
como pequi, buriti, baru e jatobá, apresenta um desafio significativo para sua
inserção na mesa dos brasileiros. Embora esses alimentos sejam nutrientes e
culturalmente valiosos, a burocracia e a falta de estrutura na cadeia produtiva
dificultam sua disponibilidade nos supermercados convencionais.
Eliane Régis, chef integrante do movimento Slow Food, destaca
as dificuldades enfrentadas pelos agricultores na comercialização desses
produtos. A cobrança de taxas e a falta de contato direto com os supermercados
complicam o processo, especialmente para as comunidades mais simples que
dependem do extrativismo.
Mayk Arruda, também do movimento Slow Food, ressalta que a
produção desses frutos ainda é predominantemente artesanal e está ligada a
comunidades tradicionais, como quilombolas e grupos indígenas. O desafio é
criar uma cultura de valorização desses insumos, incentivando seu consumo
local.
Apesar das dificuldades, há potenciais benefícios em promover
os frutos do Cerrado na alimentação brasileira. Além de gerar renda para
pequenos agricultores e contribuir para a manutenção da biodiversidade, esses
alimentos oferecem um alto valor nutricional e podem renovar a força de
trabalho no campo.
O futuro reserva a necessidade de legislações específicas
para organizar a cadeia produtiva desses frutos, destacando o potencial
econômico e nutricional do pequi, baru e outros produtos do Cerrado. A promoção
desses alimentos pode não apenas beneficiar os agricultores, mas também
enriquecer a diversidade da alimentação brasileira, respeitando e valorizando a
cultura e os recursos naturais dessa região.
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