Em meio a preocupações sobre o déficit orçamentário, o ex-vice-prefeito de Uberaba que renunciou a sete meses atrás, expressa suas apreensões em relação a um possível reajuste na tarifa de coleta de lixo. Crítico do contrato regional de lixo, que inclui uma multa que ele considera abusiva, Lopes prevê um aumento de até 40% na tarifa no próximo ano, visando tornar o sistema auto-sustentável.
Moacyr Lopes destaca sua preocupação com o contrato do
Consórcio S, que prevê a correção da remuneração sempre que o sistema estiver
deficitário. A remuneração do consórcio é diretamente vinculada à tarifa de
lixo nas contas de água da Codau. Em sua análise, a multa de R$ 7 milhões pode
ser contestada judicialmente, especialmente à luz das novas licitações
conduzidas pela CEF. Atualmente, a multa prevista em caso de desistência é de
R$ 50 mil, mas Lopes argumenta que Uberaba tem meios legais para rescindir o
contrato, dada a demora na assunção do serviço pelo consórcio.
Crítico do modelo de cobrança da tarifa desde seu mandato, o empresário
do setor de construção Lopes foi contra sua adoção. No entanto, ele destaca que
o consórcio não está cumprindo sua parte, retardando o início da operação, o
que, segundo ele, poderia ser motivo para rescindir o contrato. O serviço
deveria ter começado no primeiro semestre de 2022.
Enquanto ainda era vice-prefeito, Lopes se opôs ao sistema
atual, argumentando que o modelo antigo, baseado na metragem do terreno em vez
do consumo de água, era auto-sustentável, ao contrário do modelo atual. Ele
alerta que, no sistema vigente, os cidadãos podem ser prejudicados. O debate em
torno do reajuste na tarifa de lixo destaca a complexidade da gestão de
contratos e a necessidade de equilibrar interesses financeiros com o bem-estar
da comunidade.
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