Há aproximadamente onze meses, a paisagem política de Uberaba
foi abalada pela renúncia do vice-prefeito, que, sendo servidor efetivo da
CODAU, retornou para suas atividades laborais matinais.
No dia 24 de novembro, o presidente da Companhia Operacional
de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (CODAU), foi exonerado.
Em várias entrevistas, o vice-prefeito afirmou que sua
decisão foi motivada por "incompatibilidade política", alegando
dificuldades em encontrar um equilíbrio harmônico no desenvolvimento das atividades
com a prefeita.
Sete meses após o ocorrido, as supostas divergências foram
superadas, resultando na indicação de um novo presidente da CODAU.
O ex-presidente, agora funcionário de carreira, retorna às
suas funções anteriores, enquanto a promotoria inicia um processo para apurar
algumas inconsistências, que pode geral um montante financeiro significativo
para o ex-presidente da CODAU.
A perplexidade esta no ato da prefeita prontamente acatou a
indicação do gestor da SEDEC feita pelo ex-vice-prefeito para presidência da
CODAU. Talvez as rugas entre as partes tenham se dissipado, pois, existe uma
possível evidente gritada nas mídias que o ex-vice-prefeito possa ser candidato
nas eleições de 2024, ação que anula a palavra dada por ele em datas passadas
que "não seria no futuro candidato": "Será que ele tem palavra
ou estava com raivinha?”
O movimento de peças por mãos misteriosas intensifica a
complexidade da situação, levantando suspeitas sobre a capacidade do governo
municipal de servir genuinamente ao interesse público, priorizando, ao invés
disso, acomodações estratégicas dos interesses individuais dos agentes
públicos.
O jogo político em Uberaba faz movimentos estéril onde, o
cenário não muda, ainda que agentes públicos mudem de função, (a lista de
convidados para o “baile de mascara” sempre são os mesmo), entra governo, sai governo,
existe uma carência de confianças, o que reduz o rol de possível indicados para
ocupar um cargo de confianças em Uberaba – o medo velado faz delimitar as movimentações,
e confiança as vezes pode ser traduzida em carisma midiática, prestigio social e herança (recurso financeiro e contato político),
assim castra políticas são veladamente alimentadas, mas o povo permanece na
plateia torcendo pelos seu “gladiadores”, sem saber que o resultado do jogo já foi
decidido, pois as cartas estão marcadas.
A decisão da prefeita em aceitar prontamente a indicação feita
pelo ex-vice-prefeito levanta questionamentos sobre a independência das
nomeações e a real priorização dos interesses da comunidade.
Em conclusão, a situação descrita demanda uma reflexão mais
profunda sobre a ética e responsabilidade no exercício do poder político em
Uberaba. Os cidadãos merecem uma administração pública que coloque em primeiro
plano o bem-estar coletivo e promova a transparência, ao invés de servir como
palco para manobras políticas que, ao final do dia, prejudicam o interesse
público, resultando: Se “Uberaba” fosse um jogo de xadrez, poderíamos dizer que
na “política” estamos em "cheque mate".
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